As experiências dos Centros Juvenis de Ciência e Cultura (CJCC), unidades da Secretaria da Educação do Estado da Bahia – foram apresentadas na 12ª edição da Campus Party Brasil, iniciada no dia 13 e encerrada nesse final de semana, em São Paulo. Considerada a maior experiência tecnológica do mundo que une jovens geeks (viciados em tecnologia) em torno de um festival de inovação, criatividade, ciências, empreendedorismo e universo digital, o evento contou com oito mil acampados no Expo Center Norte, 130 mil visitantes e teve cerca de mil horas de programação, com mais de 900 palestrantes.
As atividades desenvolvidas em rede pelos CJCC foram apresentadas pelo coordenador geral dos Centros Juvenis, Iuri Rubim, que abordou a temática “Escolas dobráveis”. O tema é uma metáfora com as folhas de papel lisas, iguais, padronizadas, sem relevos, sem diferenças, fazendo um paralelo às unidades escolares que repetem o mesmo modelo do professor falando e o aluno escutando. A temática, explica Iuri Rubim, tem inspiração no origami (arte japonesa de dobrar papel), considerando que ao gerar dobraduras em uma folha lisa, aquele papel é personalizado. “Então, personalizar o papel das escolas significa dobrá-la ante às necessidades e perspectivas do estudante, que não só escute o estudante, mas que perceba as suas necessidades, que coloque o aluno no centro e se desdobre para isto. Existem várias iniciativas de escolas dobráveis no Brasil, entre elas os Centros Juvenis, que tem como modelo a inovação, que vem da diversidade”, disse.
Assistiram à palestra sobre a experiência dos Centros Juvenis nas escolas da rede estadual professores de várias partes do país e pessoas interessadas em tecnologia e inovação em Educação, na fronteira do conhecimento de áreas diversas. Estudantes do CJCC participaram das duas edições do Campus Party na Bahia, tendo na primeira participado das Olimpíadas de Robótica, abocanhando algumas medalhas. “O grande papel dos Centros Juvenis é mostrar que a escola pode ser interessante e sair do estigma de que a escola não é legal e que o aluno não é interessado. Outro papel importante do Centro Juvenil é, além de atender diretamente esses alunos, conectá-los à uma agenda contemporânea de conhecimentos, compartilhando com a rede essa produção, esse conhecimento”, disse Iuri Rubim.
Sobre o CJCC
O CJCC é uma iniciativa da Secretaria de Educação do Estado para promover a ampliação da jornada escolar e a diversificação do currículo dos estudantes, que participam das oficinas no turno oposto aos quais estão matriculados. Além das cinco unidades em funcionamento em Salvador, Senhor do Bonfim, Itabuna, Barreiras e Vitória da Conquista, já estão em fase de implantação três novas unidades, em Feira de Santana, Jequié e Irecê.