O projeto e-Nova Educação, lançado pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria da Educação, nesta quarta-feira, no Instituto Anísio Teixeira, em Salvador, em parceria com o Google, conta com o respaldo e o envolvimento de outras instituições educacionais, com o objetivo de potencializar o uso das tecnologias digitais e fortalecer o eixo pedagógico das escolas. Isto inclui, por exemplo, a formação de professores pela própria Google e, também, pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e o Instituto Paramitas, por meio do curso on-line “Uso Pedagógico de Tecnologias Educacionais”, que beneficia mais de 23 mil professores e coordenadores pedagógicos do Estado, para a efetiva utilização das tecnologias da informação e da comunicação aplicadas ao contexto escolar e ao processo de ensino e aprendizagem nas diversas áreas do conhecimento.
O diretor do Google Education para a América Latina, Rodrigo Pimentel, destacou a importância da parceria para o sucesso do e-Nova. “Estamos presentes em, praticamente, todos os Estados, tanto em escolas privadas e públicas. Mas o projeto com mais força que a gente está fazendo é o da Bahia porque aqui encontramos essa abertura para a transformação, a mudança, o pensar diferente em tecnologia em sala de aula e para criar a cultura de inovação. Esses quatro pontos juntos estão fazendo a diferença. Estamos ajudando o Estado a criar uma cultura de inovação dentro da cultura própria do povo baiano. É uma combinação muito poderosa que vai servir de exemplo para o resto da América Latina e do resto do mundo. A forma que trabalhamos busca, primeiramente, entender qual a cultura local. Estamos super felizes porque o projeto tem a cara do povo baiano: inovador e criativo”, disse.
Exemplo – O diretor da Google Education no Brasil, Alexandre Campos, também destacou a Bahia como um Estado que está à frente na visão de uma Educação contextualizada na inovação tecnológica. “Sem dúvida, quando nos deparamos com a evasão escolar e com estudantes que não veem no Ensino Médio o sonho de uma vida melhor, temos grandes desafios que os secretários de Educação precisam resolver. Neste sentido, o projeto na Bahia, certamente, servirá de exemplo para outros Estados do Brasil. O e-Nova está mostrando como a tecnologia pode, juntamente aos projetos pedagógicos e culturais da escola, potencializar o pensamento criativo dos alunos e a educação empreendedora”.
Presente ao lançamento, o reitor da UFBA, João Carlos Sales, falou sobre a relação do projeto com o Ensino Superior. “É um momento muito importante para lembrar que é uma lenda imaginar que é preciso investir na Educação Básica sem precisar investir no Ensino Superior. É justamente a ligação entre estas duas modalidades de ensino que podemos garantir a qualidade do ensino e uma integração maior. E isto está sendo feito através do e-Nova, por exemplo. A parceria com o Governo do Estado é muito importante para nós no sentido de viabilizar essa aproximação necessária para o avanço da Educação em nosso Estado”.
A presidente do Instituto Paramitas, Claudia Stippe, ressaltou que, antes de partir para a formação de 23 mil professores estaduais no curso online sobre o “Uso Pedagógico de Tecnologias Educacionais, um estudo de perfil da rede foi realizado para que o curso atendesse às necessidades daquela realidade. Para a formação presencial, os formadores se basearam em exemplos do dia a dia dos professores. “Como somos uma ONG de educadores com expertise da rede pública, percebemos quais as atividades que eles mais gostariam de fazer na escola e como a tecnologia poderia ajudar. Mostramos que era uma ferramenta de gerenciamento de sala de aula e que irá ajudá-los no dia a dia com os alunos. Ou seja, não se tratava de mais um curso de uso de editor de texto ou de planilhas. Na hora de estruturar o curso, buscamos atender às necessidades deles, como por exemplo no que se refere à correção de provas. Apresentamos para eles os formulários do Google Educacional, que têm as opções de lançar exercícios, devolver respostas, fazer correção automática, lançar numa planilha automaticamente com todas as notas. Quando eles descobriram isso, ficaram encantados”.
A meta, explicou Claudia Stippe, era certificar 30% dos professores das 20 escolas que participariam do projeto-piloto. Tivemos a adesão voluntária de 770 professores. Desses, 440 fizeram uma formação híbrida (presencial e à distância) de 100 horas que oferecemos. Desses, 130 se prontificaram a fazer o exame de certificação nacional da Google e tiveram êxito”, detalhou. A partir daí, explica, veio a segunda fase do projeto. “Para o desafio de formar 24 mil professores da rede, estudamos qual era a melhor maneira de atingir a meta em um período de tempo menor. Fizemos a formação e só depois levamos a tecnologia, a partir da plataforma EAD da UFBA, e fizemos a opção de organizar o currículo de uma maneira ramificada, com etapas para serem vencidas para a abertura de fases e as tarefas que eles precisam concluir usando o dia a dia dele em sala de aula”.