Maior competição internacional de ciências do mundo para jovens inovadores, o Intel ISEF – Feira Internacional de Ciências e Engenharia, parte do programa da ONG Society for Science & the Public, aconteceu em maio em Pittsburgh, Estados Unidos. Nesta edição, o Brasil foi representado por 25 estudantes de diferentes estados com 18 projetos inovadores.

Intel é sócio do Virtual Educa.

Aproximadamente 1.800 estudantes do ensino médio de 80 países foram selecionados para apresentar suas invenções e pesquisas científicas em realidade virtual, energia sustentável e aprendizagem de máquina, entre tantos outros temas. Os finalistas concorreram a cinco milhões de dólares em prêmios e bolsas de estudo, incluindo 75 mil dólares pelo prêmio Gordon E. Moore, cientista e cofundador da Intel, e dois prêmios Jovem Cientista, no valor de 50 mil dólares cada, todos concedidos pela Fundação Intel.

Vencedores brasileiros

Dos 18 projetos que foram apresentados por estudantes brasileiros, cinco foram escolhidos como vencedores em suas categorias no primeiro dia de premiação. Isabela dos Reis foi a primeira vencedora da delegação brasileira, levando prêmio em dinheiro para seu projeto que com um simples reagente, detecta a presença de benzodiazepínicos (conhecido popularmente como «boa noite Cinderela») em bebidas. Depois dela, Caio Vinicius Lima de Souza também foi escolhido, com seu projeto que dessaliniza água do mar e gera energia elétrica ao mesmo tempo, tendo capacidade de gerar quase que um litro de água potável em um dia de sol – em um dessalinizador com 50 centímetros quadrados.

Gabriel Negrão de Moraes foi o seguinte, e também levou o prêmio para o Brasil. Seu projeto tem como objetivo a síntese química com catalisadores sustentáveis. Juliana Estradioto também foi uma das vencedoras e Myllena Cristyna foi a única da equipe de estudantes que conseguiu dois prêmios de duas universidades do Arizona e que contemplam bolsa integral de estudos para todo o curso escolhido, juntamente com ajuda financeira para seu projeto.

O projeto apresentado por Myllena recicla o isopor e transforma o produto em um cristal liso que é capaz de repelir líquidos. Após esta transformação, outra reação química cria outro cristal (agora poroso) que consegue absorver petróleo, para que com a posterior adição de uma bactéria o material seja degradado em um prazo de sete meses – contra 150 anos para a degradação natural do isopor no meio ambiente.

Menções honrosas

Além destes projetos, dois chamaram atenção por trabalhem mais próximos com área tecnológica. O primeiro é de Pedro Henrique Capp Kopper, que criou um pequeno drone autônomo que tem como objetivo mapear áreas com sensores de proximidade e posicionamento visual, para que um programa no computador crie uma planta tridimensional sobre o local. Além deste, Gabriel Checcinato elaborou um dispenser de água autônomo. Seu projeto utiliza infravermelho na lateral do dispenser para entender a altura do copo, junto de ultrassom na parte superior para entender quanto de água chegou perto da altura do recipiente. O objetivo é de diminuir o desperdício de água ajudando aos cegos, que contam com avisos sonoros quando o copo é inserido corretamente no local e outro aviso, quando o copo já está cheio.

A lista completa dos finalistas está disponível no site do evento: student.societyforscience.org/intel-isef

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